SEM SOLUÇÃO,AINDA.
Após longo debate, terminou sem
acordo a reunião realizada no dia de ontem (17/06)entre a SEMGE e os
sindicatos.A “nova” proposta não contempla os anseios de nenhuma das partes
envolvidas,com prevalência de perdas para os servidores de patamar salarial de
R$580,00.O que a prefeitura quer na verdade é,que o servidor suporte a inflação
do período as suas expensas,para segundo ele equilibrar as contas dos cofres
municipais.
Ofertar 2% retroativo a maio de
4,59% em novembro e chamar o servidor de tolo.A resposta não poderia ser
outra:CONTINUIDADE DA GREVE.
Na manhã desta terça-feira (18/06),
em assembleia realizada no Campo grande, a maioria rejeitou a proposta da prefeitura.
Com isso, e baseado na estação que se aproxima, a gestão ignora completamente o
risco de uma epidemia de dengue na cidade, mortes por leptospirose, ou,caso de
raiva que representa a falência do serviço público.Falido com o salário dos
servidores,esquecido como o servidor,vejam os colegas do salvamento.
Parece mais não é.Estamos nos
curvando a uma política salarial infame e ditatorial.Os agentes possuem
direitos salariais pendentes apartir do ingresso no quadro da
administração,direitos esse que deixarão de existir após 5 anos.Então, o débito
e grande e não podemos anuir com mais perdas.São palavras do secretário:
“O que for de direito previsto em
lei será dado”.
E agora?Porque se recusa a
equiparar os agentes aos outros trabalhadores de 40horas?Limite de
responsabilidade fiscal?Vejamos então:
Lei 01/91 – Lei dos servidores públicos
municipais de Salvador:
Art. 246 - Os atuais servidores, regidos
pela Lei nº 403, de 18 de agosto de 1953,
ou pela Consolidação das Leis do Trabalho, da administração direta, das
autarquias ou das fundações públicas do Município, ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei.
§ 2º - Os contratos de trabalho dos
servidores referidos no "caput" deste
artigo ficam automaticamente
extintos.
§ 3º - Os empregos dos servidores
regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho
ficam
transformados em cargos públicos e os seus atuais ocupantes ficam nos mesmos enquadrados.
Ora, não eram os
agentes de saúde, ao tempo desta lei, servidores que se enquadram exatamente
como diz o texto?Então porque não podemos fazer jus ao que e nosso por
direito?Não temos qeu pedir, já pedimos demais.
Olhem o que diz
o STF (Supremo Tribunal Federal):
Ministro Gilmar
Mendes:
“A questão a ser
analisada refere-se à possibilidade de
o Poder Judiciário ou
de a Administração Pública
aumentar vencimentos
ou estender vantagens e
gratificações de
servidores públicos civis e
militares, regidos
pelo regime estatutário, com base
no principio da
isonomia, na equiparação salarial ou a
pretexto da revisão
geral anual nos termos do artigo
37, X, da Constituição
Federal .
Entendo, assim,
configurada a relevância jurídica da
matéria, dada a
possibilidade de violação da Súmula
339 deste Supremo
Tribunal Federal, além da
transcendência aos
interesses das partes, pois a
solução a ser definida
por este Tribunal balizará não
apenas este recurso
específico, mas todos os processos
em que se alega
equiparação salarial com base no
princípio da isonomia.
Desse modo,
manifesto-me pela existência de
repercussão geral. “.
Lei alguma pode
ferir princípios constitucionais básicos, e a isonomia é um deles.
Esta claro que o que não vai pelo
amor, deve seguir o caminho da dor. Pedir compreensão e uma coisa, remeter o
servidor a esmola e outra. A prefeitura viola os direitos dos agentes a contar
do tempo da Real Sociedade, passado tanto tempo, hoje estatutários, mantém sua
postura intransigente, dona da razão, com claras violações não só no patamar
salarial, mas também nas condições de trabalho dos servidores, que chegam a
passar 8hrs sem ingerir uma gota de água. Desumano seria a palavra?
Devemos parabenizar as
entidades envolvidas no processo e a AASS
por sua efetiva participação e relevante contribuição. O coordenador geral
Antunes Souza,tem balizado o debate pela sua vasta experiência em negociações
sindicais, nossos coordenadores Jovenildo e Paulo Cerqueira,sempre presentes,não
se afastam da defesa dos direitos da categoria.
O secretário Alexandre
Paupério, ainda ameaça encerrar os debates e enviar para a câmara o projeto de reajuste
(pode ser chamado assim?) de 2% caso a resposta seja negativa. Esta claro que a
intenção e vencer os trabalhadores pelo cansaço. Isto não vai acontecer. Lutaremos
até o fim, até que realmente seja alcançado algo pelo menos cogitável.
A onda de insatisfação que assola
o país,retrata muito mais um processo de massificação de anos e anos,do que um
mero questionamento sobre tão ínfimo valor.A ditadura não retornará a esse
país,e nos insurgiremos contra a rigidez da intransigência,pois somos capazes
de perceber os métodos Hitlelianos de alguns em detrimento a direitos.
Se a prefeitura de Salvador
quer conhecer a força dos servidores desta cidade, que assim seja.
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