DENGUE AUMENTA EM SALVADOR
O período de chuvas mais curto e menos intenso deste
ano não diminuiu o número de baianos com dengue. Ao contrário. Foram
notificados em Salvador 40,6% casos a mais este ano, até 4 de junho, do
que no mesmo período do ano passado. Conforme dados da Vigilância
Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o número de casos
notificados pulou de 2.501 em 2011 para 3.517 em 2012.
E ainda pode ficar mais grave. O Índice de
Infestação Predial (IIP) atingiu o nível de 4,2% em maio, ante 2,7% de
janeiro. Acima de 4%, segundo o Ministério da Saúde, a cidade vive
riscos alarmantes de surto da doença.
Dos 12 distritos sanitários - divisão usada pela SMS
para a medição da infestação - o IIP aumentou em 11. As maiores
infestações estão nos distritos do Subúrbio Ferroviário (6,9%), São
Caetano/ Valéria (6,8%), Pau da Lima (5,1%), Itapagipe (4,4%) e
Cabula/Beiru (4,3%).
A chefe do setor de Agravo da Vigilância
Epidemiólogica, Rosildete Santos, destaca que o índice de manifestação
da doença está inferior ao registrado no momento mais crítico do ano
passado, quando 6 em cada 100 dos domicílios possuíam larvas do mosquito
transmissor da doença.
“Vivemos uma situação diferente da do ano passado. O
dengue tipo 4 entrou aqui. Temos um vírus novo circulando na cidade,
para o qual as pessoas não tinham imunidade”, explicou Rosildete. Ainda
de acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, em maio do ano
passado, o sorotipo 4 da dengue representava menos de 1% dos casos e
hoje representa 80% dos casos.
Drama
Entre os infectados, está o artista plástico Tatti Moreno, 66. Ele ficou cinco dias internado no Hospital Aliança e teve alta há uma semana. “Você fica muito debilitado, é péssimo. Tive um susto muito grande. Minha contagem de plaquetas no sangue chegou quase a ser hemorrágica”, afirmou. Morador de Ondina, ele acredita que o mosquito que o vitimou veio do matagal atrás de seu prédio. “Lá onde moro tem vários casos de vizinhos que também ficaram doentes”, afirmou.
Entre os infectados, está o artista plástico Tatti Moreno, 66. Ele ficou cinco dias internado no Hospital Aliança e teve alta há uma semana. “Você fica muito debilitado, é péssimo. Tive um susto muito grande. Minha contagem de plaquetas no sangue chegou quase a ser hemorrágica”, afirmou. Morador de Ondina, ele acredita que o mosquito que o vitimou veio do matagal atrás de seu prédio. “Lá onde moro tem vários casos de vizinhos que também ficaram doentes”, afirmou.
Moradora da Mata Escura, no distrito de
Cabula/Beiru, a empregada doméstica Rosilene Conceição, 33, levou sua
filha Laura, 5, para o posto médico do bairro, com dor de cabeça e
vômitos frequentes. Voltou para casa com uma lista de remédios para
fazer o tratamento em casa. “Vou ter que pedir dispensa do trabalho para
cuidar dela, mas não posso deixá-la sozinha”, diz.
Segundo Rosildete, quando os sintomas apontam para a
incidência clássica da doença, os pacientes devem ser tratados em casa.
“As pessoas que têm sintomas devem buscar uma unidade de saúde. Depois,
é cuidar com os medicamentos e muita hidratação. Se tiver qualquer
sangramento, volta para a unidade”, diz.
Os principais sintomas da dengue são febre alta,
acompanhada de sintomas como dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, nos
músculos e articulações, cansaço e irritação na pele. Além disso, devem
ser observados dores abdominais intensas e contínuas, vômitos
persistentes, tontura, queda da pressão arterial, pele, mãos ou pés
frios, hemorragias, palidez ou rubor facial e desconforto respiratório
Estado
Apesar da seca que assola o semiárido baiano, no estado foi registrado aumento de 13,7% no número de casos notificados - 47.763 de janeiro até a última terça (12). No mesmo período do ano passado, este número era de 42.007, colocando a Bahia atrás somente do Rio de Janeiro em número de casos - lá foram registrados 96 mil casos. As informações são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), da Secretaria Estadual de Saúde.
Agentes de controle pedem colaboração
O trabalho não é fácil, são cerca de 25 casas visitadas todos os dias pelos agentes da Central de Controle de Zoonoses (CCZ) Jair Dórea, 54, e Iara Pinto, 45. A resistência dos moradores é uma dificuldade constante. “A gente bate na porta e as pessoas não deixam entrar, às vezes nem nos atendem”, explica Dórea.
Estado
Apesar da seca que assola o semiárido baiano, no estado foi registrado aumento de 13,7% no número de casos notificados - 47.763 de janeiro até a última terça (12). No mesmo período do ano passado, este número era de 42.007, colocando a Bahia atrás somente do Rio de Janeiro em número de casos - lá foram registrados 96 mil casos. As informações são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), da Secretaria Estadual de Saúde.
Agentes de controle pedem colaboração
O trabalho não é fácil, são cerca de 25 casas visitadas todos os dias pelos agentes da Central de Controle de Zoonoses (CCZ) Jair Dórea, 54, e Iara Pinto, 45. A resistência dos moradores é uma dificuldade constante. “A gente bate na porta e as pessoas não deixam entrar, às vezes nem nos atendem”, explica Dórea.
Os agentes trabalham no distrito sanitário de São
Caetano/Valéria, onde visitam casas do bairro aplicando o remédio contra
a larva do Aedes Aegypti e instruindo o que deve ser feito para
combater o mosquito. Mas a falta de apoio da comunidade não é o único
problema enfrentado. Jair também reclama da falta de segurança e da
dificuldade para chegar em locais isolados.
Mesmo com tantos obstáculos, a equipe ainda encontra
cidadãos dispostos a ajudar o serviço, como o pedreiro Domingos José da
Silva, 52, que mantém as caixa d’água que não usa viradas para baixo.
“Quem tem criança pequena precisa ter cuidado, mas quem não tem nem liga
pra cuidar das coisas”, reclama ele.
O pedreiro reclama de uma geladeira aberta, segundo
ele, há seis meses em uma construção inacabada ao lado de sua casa. “Já
tentei ver alguém pra ir lá e virar, mas ninguém vai”. Dórea explica
que existe um roteiro para atender todas as casas, e que eventualmente
um agente chegaria ao local da geladeira abandonada.
Segundo o agente, a falta de atenção e cuidados dos
cidadãos é o principal motivo para os focos da dengue. “Uma tampinha de
garrafa com água já é suficiente para a larva do mosquito se
desenvolver”, explica. fábio araújo
FONTE : CORREIO DA BAHIA
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