FUNCIONÁRIOS FUJÕES
Visita surpresa no Clériston Andrade flagra funcionários fujões
O
secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, juntou um séquito para
acompanhá-lo em uma visita-surpresa ao Hospital Geral Clériston Andrade
na manhã desta segunda-feira (14) e viu uma situação vexatória na
unidade médica. De todos os médicos escalados para o período de trabalho
e outros profisisonais concursados e terceirizados, cerca de 50% não
estava no local. Enquanto isto, a população sofria uma longa espera e
sem nenhuma certeza de atendimento.
Além
de Solla, estavam presentes no local o deputado estadual, Zé Neto, da
superintendente de Atenção Integral, Gizelia Souza, de José Walter
Santos, diretor da Rede Própria, e técnicos da Sesab. Juntos, viram
corredores lotados e, ao conferir a escala do plantão, flagraram metade
dos trabalhadores, entre médicos, enfermeiros e terceirizados das mais
diversas funções, em local desconhecido. Decepcionado, o secretário
disse que os fujões terão os casos analisados individualmente pela
Corregedoria da Sesab e, caso as falhas fossem comprovadas, responderiam
a processo administrativo, teriam descontos na folha de pagamento e
outras sanções.
Além
disto, Solla prometeu também implantar um novo sistema de conferência
do comparecimento dos profissionais nos hospitais baseado em relógios de
ponto digitais. A idéia é exatamente diminuir a fraude no
comparecimento na rede estadual. “Estamos intensificando as medidas de
acompanhamento e controle com a implantação do ponto digital e com as
fiscalizações não agendadas previamente para verificar a presença dos
profissionais”.
Na
semana passada, o Hospital Manoel Vitorino já tinha sido visitada pela
Sesab e, por lá, pelo menos 25% dos trabalhadores de diversas funções
haviam faltado. As inspeções-surpresa vão continuar porque, de acordo
com Solla, a população, em contato com a Ouvidoria do Estado, queixa-se
bastante da falta de médicos, ao mesmo tempo em que, nos registros
oficiais, jamais há qualquer tipo de desfalque, o que levou à suspeita.
Anteriormente, as visitas eram feitas com agendamento prévio. Todos os
hospitais da Bahia serão inspecionados desta maneira e cada processo
idêntico durará uma semana em cada unidade.
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